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Câncer de pele

Carcinoma Basocelular

Carcinoma Basocelular

O câncer de pele é o câncer mais comum do mundo e o que mais vem crescendo nos últimos anos. Destes, o mais comum é o Carcinoma basocelular (CBC).

 

O CBC é o tipo mais comum de câncer de pele. Ele se inicia nas células basais (daí seu nome), um tipo de célula da pele que produz novas células à medida que as velhas vão morrendo.

O QUE LEVA AO CBC?

  • A maioria dos casos é causada pela exposição crônica à radiação ultravioleta (RUV) do sol (mesmo quando não se pega sol diretamente) e câmaras de bronzeamento.

 

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA SE TER CBC?

  • exposição crônica ao sol, como já dito, e queimaduras, principalmente na infância.

  • terapia com radiação

  • pele clara: com sardas, peles que queimam fácil, cabelo ruivo ou loiro e olhos claros.

  • Idade avançada, embora tenha se tornado cada vez mais frequente em jovens.

  • História pessoal ou familiar de câncer de pele

  • uso de drogas que reduzem a imunidade (imunossupressores) - pacientes transplantados, pacientes em uso de corticosteróide oral, ou pacientes com HIV não tratados.

  • exposição a arsênico: por água contaminada ou trabalho

  • Síndromes genéticas, como a síndrome do nevo basocelular

 

COMO ELE PODE APARECER NA PELE?

O aspecto do CBC é muito variável de acordo com os seus subtipos.

  • surge principalmente em áreas expostas ao sol, como face, pescoço e orelhas.

  • pode se apresentar como uma elevação de pele transparente, cor da pele ou rosa, com pequenos vasos visíveis. Em pessoas de pele mais escura, ele pode ser pigmentado.

  • pode ser uma ferida que não cicatriza ou sangra frequentemente

  • pode ser uma pápula marrom, preta ou azul ou com pontos escuros, com uma borda elevada e um pouco transparente

  • pode ser uma mancha avermelhada, descamativa no tronco

  • ou uma lesão branca com aspecto de cicatriz, mal definida.

 

COMO ELE EVOLUI?

  • O CBC cresce devagar, cerca de 1mm a cada 1 a 5 meses, quase sempre fica na pele, raramente espalha para outros órgãos e quase nunca leva ao óbito.

  • Contudo, se não tratado, ele pode se esparramar pelo local e prejudicar estruturas locais, como nariz, orelhas, pálpebras e, se o tratamento for muito demorado, a cirurgia pode ser desfigurante.

QUAL O MELHOR TRATAMENTO?

  • A grande maioria dos CBCs deve ser tratada com remoção cirúrgica. Em alguns casos de CBC superficial, é possível seu tratamento com quimioterápicos tópicos.

  • O tipo de cirurgia irá variar conforme as características do carcinoma basocelular, sua localização e características do próprio paciente.

  • Entre as opções para sua remoção incluem-se:

    • Remoção tradicional, na qual se retira o câncer com uma área de pele saudável ao redor, chamada área de segurança e fecha-se a ferida operatória. O material removido é enviado para o patologista, que irá analisar e dar o laudo definitivo sobre se o tumor foi totalmente removido e suas margens estão livres após alguns dias. Tende-se a escolher esse método em casos nos quais os limites do tumor são claramente visíveis, ou quando o subtipo histológico do tumor obtido pela biópsia é considerado de baixo risco (como superficial, nodular), ou quando o CBC encontra-se em localização de baixo risco de recidiva no corpo.

    • Remoção com congelação intra-operatória: nesse caso, retira-se o tumor com uma área de segurança ao redor e, antes do fechamento, envia-se a peça cirúrgica para a análise pelo patologista durante a cirurgia. No caso de haver algum tumor residual, uma nova área onde o tumor foi encontrado será removida e novamente analisada pelo patologista. Esse processo repete-se até que todas as margens sejam consideradas livres. Apenas então, o fechamento da ferida será realizado.

    • Remoção com análise micrográfica das margens: também chamada de cirurgia micrográfica de Mohs, esse tipo de cirurgia envolve remoção do tecido cancerígeno com um tipo de corte específico que permite a análise de 100% das margens do tumor, diferentemente da técnica de congelação, na qual apenas uma amostragem das margens é analisada pelo patologista, permitindo uma taxa de cura muito alta. Devido à essa análise detalhada, a cirurgia micrográfica de Mohs possibilita que o cirurgião remova o tumor com a menor margem de segurança possível, deixando uma ferida do menor tamanho possível e facilitando a reconstrução. Assim como na congelação tradicional, as margens são analisadas em estágios, mas no caso, pelo próprio cirurgião de Mohs. O término da cirurgia ocorre apenas quando todas as margens são dadas como livres da neoplasia. Para realizar essa técnica, o cirurgião deve ter sido treinado e aprovado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia como cirurgião de Mohs.

  • Após a remoção completa do tumor, realiza-se a reconstrução, que pode precisar de retalhos ou enxertos, geralmente retirados de locais próximos.

COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO CBC

  • Risco de recorrência (voltar no mesmo lugar), mesmo com tratamento adequado.

  • aumento de risco para outros cânceres de pele

  • metástases: muito raramente

 

COMO EVITAR?

  • Proteger-se da radiação ultravioleta é o modo mais eficaz!

  • Evite se expor ao sol e sempre busque ficar na sombra, principalmente se o índice UV for maior ou igual a 3.

  • Use protetor solar diário com FPS de pelo menos 30, mesmo em dias nublados e durante todo o ano! Aplique generosamente e reaplique, principalmente se suar ou nadar (se você não gosta da textura e aspecto na pele, consulte seu dermatologista, ele irá te ajudar a encontrar um que se adapte ao seu tipo de pele e suas atividades)

  • Use roupas e chapéus com abas de tecido fechado ao se expor diretamente ao sol, melhor ainda se for tecido com fator de proteção.

  • Use óculos de sol com bloqueio de UVA e UVB (um dos locais comuns de CBC é na pálpebra inferior)

  • NUNCA use câmaras de bronzeamento

  • Consulte um dermatologista anualmente ou antes, caso suspeite de alguma mudança. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor as taxas de cura com o tratamento.

Fontes:

Quimioprevenção

NICOTINAMIDA

  • Os cânceres de pele do tipo não melanoma, como carcinoma basocelular e espinocelular, são os tipos de cânceres de pele mais comuns. Sua relação com exposição à radiação UV (RUV) já foi exaustivamente comprovada.

  • A RUV atua de 4 formas principais: danificando o DNA das células, suprimindo nossa imunidade natural anti-tumor na pele e inibindo os nossos sistemas de reparo do DNA através da depleção de um composto celular chamado ATP que é um armazenador de energia na célula.

  • A nicotinamida é uma forma de vitamina B3 e precursora de uma substância chamada “nicotinamida adenina nucleotídeo” (NAD+), um cofator essencial para a produção do ATP.

  • Assim, ela previne a depleção do ATP na célula, aumentando a energia celular e melhorando o reparo do DNA danificado. Além disso, ela reduz a imunossupressão da pele sem alterar a imunidade no restante do corpo.

  • Pacientes com histórico de CCNM têm maior risco de desenvolver novos cânceres de pele.

  • O protetor solar é muito eficiente na prevenção de câncer de pele. Porém a vasta maioria das pessoas NÃO aplica a quantidade adequada, ou nem aplica.

  • Assim, a chamada QUIMIOPREVENÇÃO (uso de agentes químicos na prevenção do câncer de pele) tem papel importante como AUXILIAR, junto ao protetor solar.

  • Vale salientar que o benefício da vitamina B3 ocorre apenas durante seu uso. Mas, pelo seu bom perfil de segurança já conhecido, pode-se utilizar a niacinamida de maneira CONTÍNUA em pacientes de alto risco para CCNM.

  • Estudos prévios sugerem que NÃO há ganho na prevenção com doses acima de 1500 mg/dia em comparação a 500mg/d.

  • ATENÇÃO: Não confundir nicotinamida com ácido nicotínico (niacina), que tem efeitos colaterais de vasodilatação, como flushing, coceira, hipotensão e cefaléia.

Quimioprevenção
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